sexta-feira, 11 de março de 2011

Iditarod no Alaska: Esporte ou Maus-tratos?

Somente cães saudáveis, treinados e adaptados ao ambiente podem concorrer




Imagine um competição com Homens e animais juntos em busca de um resultado numa corrida disputada o tempo todo na neve: Iditarod Trail. É a tradicional corrida de trenó com cães, que cruza o Centro-Sul de Anchorage, no Alaska, e vai até a costa ocidental da cidade de Nome, próximo ao Mar de Bering.

É o maior evento de cães de trenó no mundo.A corrida tem cerca de 1.150 milhas (mais de 1.850 km) de distância e as equipes - formadas por condutores e por 12 a 16 cães - devem enfrentam montanhas, rios congelados e florestas densas. Isso tudo com temperaturas muito abaixo de zero. Os fortes ventos podem causar até perda total de visibilidade após longas horas de subidas e descidas em um cenário de pura neve. São, em média, 10 a 17 dias de competição.
Os condutores usam táticas diferentes de corrida e de alimentação dos cães. Umas equipes escolhem correr durante o dia e outras à noite. Cada time segue a sua agenda de treinos e suas estratégias para vencer. Ao contrário do que a grande maioria pensa, não são só os cães da raça Huskie siberiano que competem no Iditarod.
Muitos mestiços também participam do campeonato. Uns cães até são misturados com lobos. A primeira corrida aconteceu em 1925, com moradores locais percorrendo esse caminho para salvar vidas após uma devastadora epidemia de difteria que aconteceu na cidade de Nome.
Devido às más condições do tempo aviões não podiam chegar até a cidade para entregar o soro e veículos não alcançavam a cidade por terra. Para salvar a cidade mais de 150 cães de trenó foram recrutados às pressas para entregar o soro, eles percorreram uma distância de 1054 Km em 5 dias de Anchorage até Nome. Hoje, a competição faz parte do calendário oficial de eventos dos Estados Unidos.
A corrida de cães em trenós Sled Dog Race Iditarod é muito criticada por organizações de proteção aos animais como o PETA, que apontam o tratamento desumano dado aos cães na competição, em que muitos deles não chegam vivos até o final. No entanto, a preocupação com a saúde e o bem estar dos animais é muito grande.
Entre Anchorage (início) e Nome (final da corrida) existem 26 check points, onde os cães são inspecionados, qualquer sinal de doença, fadiga ou problema de saúde o cão deve ser retirado e não pode ser substituído por outro. Caso o Musher (condutor) chegue a um check point com um cão a menos, ele é sumariamente desclassificado. Abandonar, sacrificar ou maltratar os cães é passível de eliminação definitiva da corrida, não podendo mais competir na categoria.
Cerca de 100 veterinários são espalhados pelo circuito e os cães retirados são levados de volta de avião para Anchorage, onde são tratados nas clínicas montadas com esta finalidade e depois devolvidos aos donos. Portanto existe uma grande bobagem propagada pela PETA.
Nenhum Musher quer se livrar de seus cães, pois um cão a menos representa menor chance de vitória. O relacionamento entre os melhores mushers com seus cães tem que ser, obrigatoriamente, de respeito e o desempenho baseado em treinos e comandos que visem a melhor performance do conjunto.
Um idiota que não possui liderança e respeito dos cães, não sairia do lugar com seu sled e a violência não é admitida pelos fiscais de prova que acompanham os concorrentes por todo o circuito.
Quem quiser conhecer melhor a história, regras, circuito e participantes entre no site oficial da corrida: www.iditarod.com

Trecho percorrido pelas equipes no Alaska




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