segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

De Pitt Bulls a Léo Jaime: A polêmica da raça continua...


Multi Mídia Léo Jaime é Cantor, Comentarista Esportivo,
Membro do Saia Justa, Humorista, Jornalista, etc,,


Meus amigos sempre me criticam por defender os Pitt Bulls. Quando eu digo que são dóceis, companheiros, inteligentes e sociáveis parece que estou recitando versos satânicos. Quem cria Pitt bulls de maneira séria, responsável e social sabe do que estou falando. É, indiscutivelmente, uma das raças mais interativas e cativantes que conheço, apesar de não possuir um.
Esses dias eu li no Blog Comportamento da GNT, um texto do Leo Jaime falando sobre Pit Bulls e o lado animal das pessoas  http://gnt.globo.com/comportamento/leo-jaime/O-nosso-lado-animal.shtml .
O Leo Jaime sintetiza muito bem a opinião publica brasileira a respeito de um assunto complexo, explorado com avidez pela mídia (séria ou sensacionalista) como um tabu.
Atropelamentos matam 25 mil pessoas por ano no Brasil, picadas de cobra matam mil pessoas por ano no Brasil, raios matam 250 pessoas por ano no Brasil e ataques de cães? Em 2009 foram, infelizmente, 19 pessoas que perderam a vida por ataques caninos e espero que esses crimes não passem impunes, pois a imprudência, negligência ou imperícia do proprietário do cão deve ser punida com o mesmo rigor que um crime praticado de forma culposa ou dolosa contra vida. Mas os Pit Bulls não são os reais assassinos.
A fama  é das piores mesmo quando o cachorro em questão nem seja um exemplar da raça, todos são Pitt Bulls para a mídia e também para os deputados e senadores que insistem em fazer projetos de lei para banir esses cães.
Tem certeza que é um Pitt Bull?
O Senador Walter Pereira, autor de um desses projetos, disse em entrevista a Isto É, que a mordida do Pitt Bul ultrapassa os 2000 Kg/f , por isso (e outros pitorescos argumentos do tipo) a lei proibiria a criação e a importação desse tipo de cão no território brasileiro. Por falta de conhecimento técnico o político ignora  que nem mesmo um Tiranossauro Rex teria esse poder todo em sua mordedura. 
O mesmo senador também não soube distinguir com exatidão, dentre cinco fotos apresentadas, qual era um Pitt Bull,  (As outras raças nas fotos eram: American Staffordshire, Dogo Argentino, Cane Corso e Bulldog americano).  Depois do vexame da entrevista, o projeto foi alterado e dezessete raças foram incluídas no projeto de lei, tais como: Rottweiler, Fila, Pastor Alemão, Mastino Napolitano, Dobermann, Pitbull, Schnauzer Gigante, Akita, Boxer, Bullmastiff, Cane Corso, Dogo Argentino, Dogue de Bordeaux, Grande Pirineus, Komondor, Kuvaz e Mastiff . Ou seja, piorou ainda mais.
Se banirmos todas essas raças ainda existiriam pelo menos mais 10 potencialmente mortais, entre elas o cão mais poderoso do mundo o Kangal Dog que pode chegar a pesar 110 kg e uma mordedura de 400 kg/f. Num estado policial e controlador como o nosso é muito mais simples proibir do que responsabilizar. 


HUMANOS CRIAM CÃES AGRESSIVOS
Culpar uma raça específica expressa apenas o simplismo característico da mídia política brasileira. Acabem hoje com os Pitt Bulls e novas raças surgirão para tomar seu lugar nas rinhas ilegais que infestam o país. As pessoas devem ser punidas e a posse responsável um dever dos donos. Existem muitas maneiras de se controlar e punir as pessoas, mas os cães são os menos culpados.
O PROJETO DE LEI N° 121, DE 1999 de autoria do falecido Deputado Cunha Bueno, único projeto sério e coerente para a cinofilia nacional já foi arquivado definitivamente, uma vez que nossos deputados e senadores não tiveram a competência de discutí-la adequadamente. Quem sofre com essas asneiras (me perdoem os asnos) políticas são os criadores sérios. Os de fundo de quintal não são e nunca serão fiscalizados pelo Poder Público, proliferando não só pitt bulls, mas uma centena de raças grandes, médias e pequenas que na grande maioria lotam os abrigos canis, esperando por uma eutanásia.

2 comentários:

  1. Quero treinarm cachorro para comer apenas ração e nenhum tipo de comida ele tem 8 meses como faço.

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